A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública para discutir a aplicação automática da tarifa horária — também conhecida como tarifa branca — para consumidores de baixa tensão que utilizam mais de 1.000 kWh por mês. A mudança poderá atingir cerca de 2 milhões de unidades consumidoras em todo o país.
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| Foto: Ilustrativa/ Memória |
De acordo com a Aneel, a proposta busca ajustar a cobrança para refletir os diferentes custos de geração ao longo do dia. Hoje, o sistema enfrenta grande oferta de energia renovável durante o dia, especialmente por causa da produção solar e eólica, enquanto o início da noite concentra o maior pico de consumo.
Segundo a agência, a tarifa horária divide o consumo em três períodos: ponta, intermediário e fora de ponta. Cada faixa tem um valor diferente, o que incentiva o consumidor a deslocar parte do uso para horários menos caros.
A expectativa é que quem conseguir reorganizar hábitos — como uso de eletrodomésticos de maior potência fora do horário de ponta — possa reduzir os gastos mensais. Por outro lado, quem manter o consumo concentrado no início da noite poderá pagar mais.
Aneel afirma que a medida também ajuda a aliviar a sobrecarga do sistema e reduz custos operacionais, já que diminui a necessidade de acionar usinas mais caras.
A consulta pública ficará aberta até março de 2026. Após esse período, a agência poderá definir o modelo final da tarifa e a forma de migração obrigatória. A previsão é que a implementação comece de forma gradual ao longo de 2026.

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