Os gaúchos estão enfrentando um aumento significativo nos preços de alimentos essenciais, como carne e ovos, impactando diretamente o orçamento familiar. Nos últimos meses, os reajustes têm sido constantes, tornando mais caro tanto o tradicional churrasco quanto as refeições do dia a dia.
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- Foto: ilustrativa/ reprodução |
Carne mais cara
O preço da carne subiu quase 15% nos últimos doze meses, superando a média nacional. Em janeiro de 2025, o IPCA indicou que, enquanto a carne encareceu 0,4% no Brasil, no Rio Grande do Sul a alta foi de 4,3%. O economista Matheus Frozza explica que o clima excessivamente quente tem afetado as pastagens e o ciclo pecuário, resultando em preços mais altos para o consumidor.
Alguns cortes populares, como a picanha e a costela, tiveram aumentos ainda mais acentuados: 6,9% e 4,9%, respectivamente. Isso levou muitos consumidores a buscarem alternativas mais acessíveis, como desabafa Leandro Leopoldis: "Não conseguimos entender como a carne está aumentando tanto, e precisamos trocar cortes nobres por opções de segunda."
Ovo também registra alta
O preço do ovo, uma fonte de proteína acessível, disparou no Rio Grande do Sul, com a dúzia de ovos brancos subindo quase 50% em apenas 20 dias. Em 21 de janeiro, custava R$ 5, e em 11 de fevereiro, chegou a R$ 7,33. A economista Wendy Carraro destaca que a alta dos ovos está ligada ao aumento do preço da carne, já que muitos consumidores buscam ovos como alternativa.
As enchentes do ano passado e um surto da doença de Newcastle prejudicaram a produção e a logística, impactando a oferta. Além disso, o período de volta às aulas e o aumento na renda também aqueceram o consumo, conforme aponta a pesquisadora Claudia Scarpelin.
João Pedro de Oliveira, um taxista, relatou: "Estava comprando a dúzia por R$ 9,90, e agora encontrei por R$ 23,99. Ou seja, mais do que o dobro!"
Outros itens em alta na Região Metropolitana de Porto Alegre
Além da carne e dos ovos, outros itens também estão com preços elevados:
Café moído: 54,53%
Paleta: 28,80%
Carne de porco: 18,23%
Costela: 17,55%
Contrafilé: 15,86%
Azeitona: 15,54%
Salada de frutas: 14,26%
Diante dessas altas, muitos consumidores estão optando por comprar menos, trocando bandejas de dúzias por pacotes menores. A situação é desafiadora, mas o ovo ainda se mantém como uma das proteínas mais acessíveis no mercado.
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