A implantação das lavouras de soja no Rio Grande do Sul está apenas começando e avança de forma desigual entre as regiões, conforme a disponibilidade de umidade no solo e o planejamento dos produtores. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, o plantio atinge cerca de 5% da área projetada, o que corresponde a 6,7 milhões de hectares, e as plantações estão majoritariamente em fase de germinação e emergência.
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| Foto : Luiz Henrique Magnante / Embrapa Trigo |
Nas regiões com chuvas recentes, o trabalho segue intenso; já onde a umidade é escassa, o plantio foi suspenso. As temperaturas amenas durante as noites têm atrasado a emergência das variedades mais precoces. Em áreas com clima mais favorável, os produtores aproveitaram o início de novembro para intensificar a semeadura, após concluírem o manejo pré-plantio.
A Emater já registrou a presença inicial de esporos de ferrugem asiática, exigindo atenção redobrada no manejo fitossanitário. Para a safra 2025/2026, a produtividade média estimada é de 3.180 kg por hectare.
Além disso, observa-se na Metade Sul uma redução nos valores de arrendamento e o retorno de áreas agrícolas para a pecuária, especialmente em campos nativos antes convertidos ao cultivo da soja.
Mesmo assim, a falta de crédito e a limitação de recursos financeiros ainda travam novos investimentos, o que pode reduzir levemente a área plantada neste ciclo. O preço médio da soja no Estado subiu 0,75% na semana, de R$ 124,29 para R$ 125,22.
Milho já cobre 80% da área
O plantio do milho está mais adiantado, alcançando 80% da área prevista, com 5% das lavouras em desenvolvimento vegetativo e outras 5% em florescimento. As condições gerais são consideradas boas, embora a irregularidade das chuvas cause atrasos pontuais e sintomas leves de déficit hídrico em solos compactados.
A produtividade média estimada é de 7.376 kg por hectare, em uma área de 785 mil hectares. O valor médio do grão teve alta de 0,3%, passando de R$ 62,75 para R$ 62,56 (houve correção de arredondamento pela Emater/RS-Ascar).
De forma geral, tanto a soja quanto o milho apresentam bom estado fitossanitário, com ocorrências isoladas de pragas como cigarrinhas, lagartas e percevejos, mas sem impacto econômico significativo até o momento.





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