A Águia Fertilizantes está prestes a concluir a construção da estrutura que permitirá a extração de fosfato natural em uma área localizada a cerca de 40 km de Lavras do Sul. Após 14 anos de pesquisa e um investimento de R$ 180 milhões, a produção deve começar em fevereiro de 2026, com vendas para agricultores previstas para maio do mesmo ano.
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| Foto: Àguia Fertilizantes (Divulgação) |
Atualmente, a empresa já emprega 50 pessoas na região, incluindo engenheiros e profissionais envolvidos no licenciamento ambiental. Além disso, outros 40 empregos serão criados na fábrica alugada em Caçapava do Sul, totalizando 90 novas oportunidades de trabalho.
O diferencial do fosfato natural é que ele não acidifica o solo, ao contrário dos fertilizantes químicos NPK, e contribui para a saúde e fertilidade a longo prazo. Segundo o gerente de projetos Diego Boeira, o produto será comercializado a R$ 800 por tonelada, oferecendo uma alternativa mais econômica aos agricultores, que pagam atualmente entre R$ 4,5 mil e R$ 5 mil por hectare de NPK.
O adubo natural contém 12% de fosfato (P²O5), 18% de óxido de cálcio, 8% de óxido de magnésio, além de micronutrientes como 1% de óxido de manganês, 200 mg de zinco por quilo e 100 mg de cobalto por quilo, essenciais para a qualidade do solo.
Testes realizados desde 2019 em sete tipos de solo e em culturas como milho, soja, trigo, arroz e pastagens nativas indicaram bons resultados, especialmente na soja, que apresentou 94% da eficiência em comparação ao supertriplo (NPK). O fosfato natural pode substituir parcialmente ou totalmente o fertilizante químico, embora a aplicação de nitrogênio e potássio continue necessária conforme a análise do solo.
Com a nova mina, a região de Lavras do Sul e Caçapava do Sul deve receber um impulso na agricultura local, promovendo sustentabilidade e geração de empregos.
*As informações são do Diário SM

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