Depois de quatro safras consecutivas de grãos marcadas por perdas, produtores rurais do Rio Grande do Sul estão deixando a agricultura e investindo na pecuária. O desânimo é resultado das repetidas frustrações climáticas e financeiras que atingiram lavouras de soja, arroz e outros cultivos no estado.
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| Foto: Ilustrativa/ Reprodução |
Nos últimos anos, secas prolongadas, excesso de chuvas e outras intempéries comprometeram a produtividade, levando agricultores a buscar uma alternativa mais estável. A criação de gado é vista como uma atividade menos dependente do clima e com maior previsibilidade de mercado.
A mudança vem sendo observada principalmente nas regiões das Missões, Fronteira Oeste e na metade sul, áreas com condições favoráveis para formação de pastagens. Mesmo com a necessidade de investimentos em infraestrutura e tempo para recompor rebanhos, muitos acreditam que o retorno a médio prazo será mais seguro.
O bom momento do setor também incentiva o movimento. Em setembro de 2025, o Rio Grande do Sul exportou cerca de US$ 34,2 milhões em carne bovina, o equivalente a 6,3 milhões de quilos, confirmando a força do mercado externo. Além disso, frigoríficos gaúchos operam com até 40% de capacidade ociosa, o que abre espaço para expansão da atividade.
Especialistas lembram, no entanto, que a transição exige planejamento. A migração completa das áreas agrícolas para a pecuária deve ocorrer gradualmente, conforme cada produtor se adapta às novas condições de produção.
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