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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou um foco de raiva herbívora em uma propriedade rural do município de Eugênio de Castro, na região Noroeste do Rio Grande do Sul. O surto resultou na morte de 25 animais, sendo 24 bovinos e um equino.
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| Foto: Wilson Hoffmeister Junior/Seapi |
As primeiras mortes começaram a ser registradas em julho, e o diagnóstico foi confirmado no dia 13 de outubro, após análise de amostras realizada em laboratório da Seapi, em Porto Alegre. Durante a inspeção, equipes encontraram morcegos hematófagos, conhecidos como morcegos-vampiros, transmissores do vírus da raiva.
Com a confirmação, a secretaria iniciou o monitoramento de propriedades vizinhas, abrangendo uma área de 10 quilômetros ao redor do foco. O objetivo é identificar novos casos e orientar os criadores sobre medidas preventivas.
A raiva herbívora é uma doença viral que afeta animais de grande porte, como bovinos e equinos, e não tem cura. A transmissão ocorre através da mordida de morcegos contaminados. O período de incubação costuma variar entre 45 e 60 dias, e os sintomas — como salivação intensa, dificuldade para se alimentar e perda de coordenação motora — aparecem poucos dias antes da morte.
A Seapi reforça a importância da vacinação preventiva, mesmo onde ela não é obrigatória, e orienta os produtores a inspecionarem abrigos e currais, eliminando locais que possam servir de refúgio para morcegos.
A doença é uma zoonose, podendo ser transmitida a humanos, o que torna a vigilância e o controle fundamentais para evitar novos casos no estado.
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