A Associação Cannábica Ascamed, responsável pela produção de óleo medicinal à base de cannabis, realizará um protesto no próximo domingo (23), em Santa Maria, para contestar a operação da Polícia Federal que resultou na destruição de sua plantação. O ato, programado para as 16h20min no Parque Itaimbé, tem como objetivo denunciar os prejuízos causados à produção, que atende a mais de 900 pacientes.
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Presidente da Ascamed, Matheus Hampel, defendeu na Assembleia Legislativa que a operação foi uma Injustiça - Foto: PF/ divulgação - memória |
Durante a operação da semana passada, foram incineradas mudas e plantas de cannabis, além de insumos utilizados na fabricação de medicamentos. A Ascamed argumenta que a plantação estava em análise judicial e possuía parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).
A manifestação contará com a presença de pacientes, familiares, ativistas e lideranças locais, que discutirão a importância da regulamentação do cultivo associativo de cannabis e reivindicarão justiça para os pacientes afetados. Além disso, o presidente da Ascamed, Matheus Hampel, defendeu na Assembleia Legislativa que a operação foi uma injustiça, tratando a associação como uma organização criminosa.
A operação, batizada de "Desvio Verde", ocorreu no dia 14 de março, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Caçapava do Sul e em Santa Maria. A Polícia Federal alegou que a produção de cannabis e seus derivados não possuíam autorização sanitária.
Para minimizar os impactos, a associação tem recebido apoio de outros produtores, que estão fornecendo o medicamento até que a Ascamed possa retomar a produção de óleo medicinal.
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