O início de 2025 tem sido desafiador para os produtores de soja no Rio Grande do Sul. Uma combinação de granizo e estiagem prejudica severamente a produtividade em diversas regiões. A falta de chuvas por mais de um mês, somada a episódios de granizo, está gerando perdas que podem ser irreparáveis.
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- Foto: reprodução |
No Noroeste, mais de 10 mil hectares foram destruídos pelo granizo, enquanto em Tapes, no Sul, produtores relatam prejuízos de até 20% nas lavouras. Plantas jovens estão secando, e áreas com soja em fase de enchimento de grãos dificilmente se recuperarão.
A estiagem agrava o cenário, especialmente em localidades como Morro Redondo e Santo Ângelo, onde as plantas estão abortando flores. Apesar da previsão de chuvas nos próximos dias, a irregularidade das precipitações dificulta a recuperação das lavouras.
Segundo a Emater, 97% da área destinada à soja foi semeada, mas os produtores enfrentam uma combinação de seca prolongada, preços baixos e dívidas acumuladas. O setor agrícola pede ajuda urgente do governo, pois muitos agricultores não têm condições de arcar com seus custos, especialmente em áreas arrendadas.
Além dos impactos imediatos, o setor teme consequências de longo prazo, como o abandono da atividade agrícola por parte de pequenos produtores e uma redução significativa na produção de alimentos. "Se não houver apoio efetivo e políticas públicas que contemplem a recuperação financeira, muitos de nós não conseguiremos continuar", afirmou um agricultor.
Sem ações efetivas, o impacto na economia do estado pode ser significativo, colocando em risco a produção de alimentos no Brasil. As chuvas previstas ainda podem aliviar parte das perdas, mas o tempo para salvar a safra está se esgotando.
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