As comunidades rurais de Cachoeira do Sul enfrentam uma grave crise de desabastecimento de água devido à estiagem que afeta o Rio Grande do Sul no início de 2025. Segundo Cristiano Leivas Moraes, secretário de Desenvolvimento Rural, a falta de água compromete necessidades básicas como cozinhar e beber, gerando situações críticas para as famílias.
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- Foto: divulgação |
Desde o início do ano, mais de 70 mil litros de água foram distribuídos às regiões afetadas, como Cerro dos Peixoto, Piquiri, Estrada da Costa, Barro Vermelho e Ferreira. A logística utiliza caminhões-pipa, com capacidade para 10 mil litros por família, atendendo de cinco a dez famílias por viagem. Um caso no Rincão dos Bica sensibilizou as autoridades: uma moradora relatou não ter água nem para os filhos, acelerando o envio de auxílio à localidade.
A administração municipal solicitou apoio logístico ao Exército Brasileiro, considerando a insuficiência de recursos para atender à demanda crescente. Além disso, avalia-se a decretação de situação de emergência ou calamidade pública, visando obter suporte federal para enfrentar a crise.
A situação é agravada pela previsão de estiagem prolongada durante todo o verão. O secretário Cristiano Moraes destacou que, enquanto ações emergenciais são realizadas, também é necessário discutir estratégias de longo prazo, como a construção de cisternas comunitárias e a perfuração de poços artesianos em áreas vulneráveis.
Diante da complexidade do cenário, especialistas alertam para a necessidade de um planejamento hídrico que envolva políticas públicas e colaboração entre diferentes esferas de governo, garantindo que episódios como este sejam prevenidos no futuro.
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