A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (10) a Operação Celeno, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no desvio de animais do Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e na inserção de informações falsas em sistemas de controle do órgão no Rio Grande do Sul.
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Foto: divulgação/ PF |
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Arroio do Meio, além de dois mandados de afastamento de servidores públicos. As investigações apontaram que dois servidores do Ibama, em parceria com um terceiro indivíduo, desviavam animais do Cetas e os ofereciam a interessados em se tornar criadores comerciais, sob a justificativa de serem provenientes de reabilitação.
O esquema incluía o desvio de animais para fins ilícitos, fraudes nos sistemas de controle de criadores comerciais, como a emissão irregular de autorizações e alterações fraudulentas no plantel dos criadouros.
Em troca, os envolvidos recebiam pagamentos. Para sustentar a fraude, dados falsos eram inseridos no sistema Sisfauna, o que permitia a homologação dos empreendimentos sem a devida vistoria ou análise documental.
Desde a Lei Complementar 140/2011, a autorização de empreendimentos ligados à fauna silvestre passou a ser responsabilidade dos Estados. No Rio Grande do Sul, essa atribuição cabe à Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Os crimes investigados pela PF incluem associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistemas de controle.
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