O dia virou noite em Caçapava do Sul durante a manhã desta segunda-feira, acompanhando o fenômeno observado em várias cidades do interior do Rio Grande do Sul, como Bagé, Jaguarão, Pelotas, Alegrete, Rosário do Sul, Livramento e São Vicente do Sul. A causa foi a presença de nuvens extremamente carregadas, associadas a uma frente quente que se deslocava sobre o estado, criando uma atmosfera sombria.
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| Foto - redes sociais |
A grande quantidade de fumaça de queimadas, trazida por uma corrente de jato em baixos níveis e transportando também ar muito quente a cerca de 1.500 metros de altitude, intensificou ainda mais a redução da luminosidade. Esse fenômeno, já impressionante pela densidade das nuvens, ganhou força com o calor presente.
No final da manhã, o calor que alimentava a formação das nuvens tempestuosas já fazia a temperatura subir para valores entre 32ºC e 34ºC em cidades do Noroeste gaúcho, como Porto Xavier, São Paulo das Missões e Porto Vera Cruz. À tarde, os termômetros atingiriam mais de 35ºC.
Esse calor intenso trouxe consigo a formação da frente quente, um sistema climático que, tradicionalmente, provoca tempestades de raios e granizo no Rio Grande do Sul, além de rajadas de vento de intensidade variada. Em situações como essa, o ar quente forçado sobre o ar frio cria instabilidades atmosféricas significativas.
As frentes quentes costumam ser acompanhadas de granizo, e já houve casos em que esse tipo de sistema provocou a queda de granizo em mais de duzentas cidades gaúchas em um único dia. Embora ventos fortes sejam menos comuns, não são descartados.
Na região sul e oeste do estado, as nuvens carregadas trouxeram ventos extremamente intensos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia, até o final da manhã, foram registradas rajadas de vento de 122 km/h em Jaguarão, 101 km/h em Bagé, 88 km/h em Canguçu, 81 km/h em Dom Pedrito, 76 km/h em Caçapava do Sul, 73 km/h em Alegrete e 70 km/h em São Vicente do Sul.
- Com Informações da METSUL
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