Os primeiros levantamentos de uma pesquisa coordenada por universidades gaúchas apontam que os carbonatitos de Caçapava do Sul possuem teores de elementos de terras raras até nove vezes maiores que os observados em outras regiões do país. Esses elementos são considerados estratégicos para a fabricação de turbinas eólicas, veículos elétricos, satélites e equipamentos eletrônicos.
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| Foto: Laboratório de Pesquisas Químicas e Farmacêuticas da UFSM/ Memória |
De acordo com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o estudo é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Unipampa, dentro do programa “Minerais Estratégicos” do CNPq. A pesquisa teve início em 2022 e deve ser concluída em 2026.
Segundo os pesquisadores envolvidos, as análises combinam métodos químicos, geológicos e ambientais que permitem identificar áreas promissoras sem necessidade de perfurações. Os resultados reforçam o potencial mineral da região, que já integra o Geoparque Mundial reconhecido pela Unesco em 2023.
De acordo com o levantamento, o estudo também reacende o debate sobre o aproveitamento das reservas nacionais de terras raras. Embora o Brasil possua a segunda maior reserva mundial, o país ainda depende de tecnologia estrangeira para o refino e separação dos elementos, etapas fundamentais para o uso industrial.

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