A Polícia Civil concluiu o inquérito da operação Quarta Colônia Livre, que investigou a atuação de grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas em municípios da Região Central do Estado. Ao todo, 62 pessoas foram indiciadas por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa, corrupção de menores e obstrução da Justiça.
|  | 
| Foto: Polícia Civil RS/ divulgação | 
As investigações apontam que o esquema criminoso envolvia cidades como Restinga Sêca, Faxinal do Soturno, Dona Francisca, Agudo, Nova Palma e São João do Polêsine, e teria ligação com uma facção criminosa da Região Metropolitana. Segundo a polícia, as ordens partiam de dentro da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas.
Outro ponto destacado foi o uso de mulheres sem antecedentes criminais para atuar na parte financeira e logística dos grupos.
Entre os indiciados está o assessor jurídico da administração de Faxinal do Soturno, Edson Lorenzoni Júnior, acusado de vazar informações sigilosas sobre a operação policial. Conforme o delegado Sandro Meinerz, responsável pela investigação, mensagens apreendidas indicam que o servidor teria alertado um dos líderes do tráfico antes da deflagração da ação.
Lorenzoni negou as acusações, afirmando que o contato com o suspeito ocorreu apenas no exercício da advocacia. Em nota, declarou que “a tentativa de criminalizar o diálogo entre advogado e cliente representa uma indevida criminalização da advocacia”.
A administração de Faxinal do Soturno exonerou o servidor e destacou que a decisão se baseia nos princípios da moralidade e da transparência, mesmo sem sentença judicial definitiva.
A operação Quarta Colônia Livre, realizada em agosto, prendeu 62 pessoas, das quais 38 seguem detidas, enquanto dois adolescentes cumprem medida socioeducativa. Segundo a Polícia Civil, nem todos os presos na ocasião foram indiciados após a conclusão do inquérito.
 
      
   
      
   
      
   
      
 
 
%20(4).jpeg) 
 
 
 
 
 
 
 
0 Comentários