A chamada “nova corrida do ouro”, agora voltada para minerais críticos e terras raras, está reacendendo o interesse pelo potencial geológico do Rio Grande do Sul. Entre as expectativas em torno da Elevação Rio Grande e reservas mais concretas no interior do Estado, uma área que havia perdido espaço volta a ganhar relevância: a geofísica.
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Foto: UFSM/ memória/ divulgação |
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Caçapava do Sul, marca um passo importante nesse movimento ao formar sua primeira turma de geofísicos, sinalizando um novo ciclo de desenvolvimento científico e profissional no setor.
No último fim de semana, a Sociedade Brasileira de Geofísica celebrou, em Lavras do Sul, o aniversário da primeira operação de geofísica realizada no Brasil, em 1932 — fato que reforça o vínculo histórico da região com essa área do conhecimento.
A geofísica, que investiga as propriedades físicas da Terra — como gravidade, magnetismo, calor e eletricidade —, utiliza métodos indiretos para estudar o subsolo. Por meio da propagação de ondas sísmicas, é possível identificar formações rochosas e localizar recursos minerais. Essa ciência tem aplicações em exploração mineral e petrolífera, estudos ambientais, arqueologia e geotecnia, além de ser essencial na prospecção de terras raras — elementos cada vez mais estratégicos em meio à disputa tecnológica entre Estados Unidos e China.
Com esse cenário, o Rio Grande do Sul se consolida como um polo estratégico na exploração de recursos minerais críticos, impulsionado por avanços científicos e tecnológicos que revelam novas riquezas do subsolo gaúcho e fortalecem a economia regional e nacional.
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