Quase 400 javalis são capturados por ano em Sant’Ana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O controle do animal exótico é realizado com jaulas instaladas em 30 propriedades rurais localizadas na Área de Preservação Ambiental do Ibirapuitã, que possui mais de 300 mil hectares.
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| Foto: Divulgação/ICMBio |
A iniciativa integra o projeto Pró APA Sustentável, do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), que busca reduzir os impactos causados pela espécie invasora. Segundo o órgão, o javali ameaça animais nativos e provoca prejuízos à produção pecuária, uma das principais atividades econômicas da região.
De acordo com o ICMBio, mais de 4 mil javalis vivem na área de preservação. Para minimizar os danos, agentes ambientais orientam produtores sobre a correta utilização das armadilhas.
“Além do impacto ambiental, porque ele preda animais nativos, prejudica também a produção pecuária, que é algo que se tenta estimular e manter aqui na região”, afirma Raul Paixão, chefe do ICMBio em Sant’Ana do Livramento.
Os prejuízos são relatados pelos criadores. “Eles te lavram o campo, bem na época que tu mais precisa do campo. Estragam a pastagem, estragam tudo”, comenta o pecuarista Paulo Albornoz.
O controle da espécie é autorizado pelo Ibama desde 2013. Para atuar dentro da legislação, é necessário estar inscrito no Cadastro Técnico Federal e emitir o certificado de regularidade. Nos casos que envolvem abate com armas de fogo, o produtor precisa também de registro no Exército.

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