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O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou o cancelamento do contrato que previa a duplicação de 30 quilômetros da BR-290, no trecho entre Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos.
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| Foto: DNIT/ divulgação |
De acordo com o órgão, será aberta uma nova licitação, ainda sem data, pois as construtoras inicialmente contratadas desistiram do projeto. A situação se agravou após as enchentes de 2024, que atingiram justamente a área mais crítica e exigem adequações técnicas antes da retomada das obras.
A duplicação da rodovia havia sido prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser concluída até o final de 2026. No entanto, mesmo que uma nova empresa seja escolhida, o prazo de 24 meses de execução torna a promessa inviável.
Outro entrave é a presença de comunidades indígenas na região. Para viabilizar o projeto, o governo federal precisará adquirir uma área de 300 hectares para reassentamento, com aval da Funai e do Ibama.
Além do trecho entre Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos, há indefinições sobre outros 30 quilômetros até Butiá. Estima-se que serão necessários cerca de R$ 800 milhões adicionais para concluir os 115 quilômetros iniciados em 2014, que deveriam ter sido entregues em 2017 ao custo de R$ 583 milhões.
O Dnit rescindiu contratos com as empresas Toniolo Busnello, EC Brasil e Etel. Com isso, a opção será relançar a concorrência pública para tentar dar continuidade à obra.
Paralelamente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) trabalha em um plano de concessão que inclui a BR-116, BR-290, BR-392 e BR-158, prevendo pedágios e investimentos de longo prazo.
Enquanto isso, motoristas que circulam pela Rodovia Oswaldo Aranha seguem enfrentando congestionamentos, riscos de acidentes e insegurança, sem previsão de solução definitiva.
Foto: Milos Silveira
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