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EXPORTAÇÕES DE MÓVEIS DA SERRA GAÚCHA AOS EUA SÃO SUSPENSAS APÓS TARIFA DE 50%

Empresas de Bento Gonçalves e Garibaldi enfrentam incertezas e paralisações após a imposição de uma nova tarifa de importação pelos Estados Unidos. O setor moveleiro da Serra do Rio Grande do Sul, fortemente dependente das exportações, teme reflexos diretos no emprego e na economia regional.

Foto: Reprodução/ RBS TV

A medida anunciada pelo governo norte-americano interrompeu os envios de móveis produzidos na região. Em Bento Gonçalves, uma das cidades mais afetadas, 40% das exportações de uma fábrica tinham como destino os EUA. “Temos encomendas em trânsito que serão atingidas. O custo com a nova tarifa é muito alto e ainda não temos direção sobre o que fazer”, afirmou o empresário Matheus Scotton.

Outro empresário, Euclides Longhi, relata que contratos internacionais foram suspensos. “Nosso cliente, com diversos contêineres, mandou segurar tudo. Isso desencadeia um efeito cascata em todo o setor. A dificuldade de exportação compromete o caixa das empresas e a capacidade de importação de outros mercados.”

Dados do Sindmóveis indicam que os Estados Unidos respondem por quase 17% das exportações do polo moveleiro de Bento Gonçalves e região em 2025, somando aproximadamente 4,5 milhões de dólares. “Esse é o principal mercado externo para o setor. A medida pode comprometer empregos e a sustentabilidade das empresas”, alertou Cleberton Ferri, diretor internacional da entidade.

O sindicato também aponta preocupação com o aumento da concorrência em outros mercados, já que fabricantes globais buscam alternativas aos EUA. “Há risco de saturação em mercados secundários, o que pode trazer novos desafios à indústria brasileira”, completou Scotton.

O impacto também atinge o setor metalmecânico. Em Garibaldi, uma empresa que destina até 15% da produção mensal aos EUA prevê prejuízos. “Investimos muito para atender esse mercado exigente. A queda nas exportações pode resultar em demissões e pressão inflacionária”, afirmou o empresário Juarez Piva.

Em nota, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) declarou que não há justificativa econômica para o aumento das tarifas e defendeu a busca por diálogo e negociação como saída para o impasse.


*Com Informações do G1 RS

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