Motoristas que trafegam pela BR-392, no trecho entre Caçapava do Sul e Santana da Boa Vista, seguem enfrentando dificuldades e riscos constantes. A rodovia está tomada por buracos, remendos mal executados e trechos com o asfalto completamente deteriorado. Apesar da presença de frentes de trabalho realizando o chamado “tapa-buracos”, o serviço feito é superficial e não resolve os reais problemas estruturais da estrada.
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| Foto: Marcelo Spode/ Reprodução |
Os reparos recentes são vistos por muitos como um desperdício de recursos. Aplicam material por cima de uma base comprometida, sem drenagem, sem correção das causas que levaram à destruição do pavimento. O resultado já é conhecido por quem transita pela via: basta a primeira chuva para os buracos reaparecerem, e com mais força.
O que fazem ali é só para dizer que estão fazendo alguma coisa. Passam uma camada fina, mal compactada, e acham que está resolvido. Não dura nada. Com chuva, volta tudo. É um risco diário, lamenta um morador da região.
Além dos buracos, há falta de acostamento, sinalização apagada e pontos onde motoristas são obrigados a invadir a pista contrária para desviar de crateras. O tráfego pesado de caminhões e a ausência de manutenção de base contribuem para a rápida deterioração de qualquer reparo superficial.
A situação da BR-392 exige uma intervenção de verdade, com reconstrução de trechos críticos, recuperação da base, implantação de drenagem adequada e pavimentação resistente. Medidas paliativas apenas maquiam o problema e transferem os riscos para quem depende da estrada diariamente.
Enquanto não há um plano de recuperação duradouro, a BR-392 segue como um retrato do abandono, onde o perigo é constante e a sensação de descaso cresce a cada quilômetro.
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