As obras de duplicação dos lotes 3 e 4 da BR-290, no Rio Grande do Sul, seguem em ritmo acelerado após anos de paralisações e retomadas. Iniciadas em 2014, as intervenções compreendem 55,7 quilômetros entre os municípios de Butiá, Pantano Grande e Cachoeira do Sul, e somam investimentos federais de mais de R$ 300 milhões.
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Foto: Memória - Reprodução |
No lote 3, entre Butiá e Pantano Grande, já foram concluídos 20 km de terraplenagem, com 9 km pavimentados. A expectativa é que mais 6 km sejam liberados ainda neste ano. Já no lote 4, entre Pantano Grande e Cachoeira do Sul, os 25 km previstos estão pavimentados, com 14 km já em operação. Outros 7 km também devem ser entregues até o fim de 2025.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) afirma que a duplicação tem como foco a segurança viária e a melhoria do fluxo, especialmente nos acessos às cidades da região. A BR-290 é considerada uma via estratégica para o escoamento da produção entre o Brasil e países do Mercosul.
Apesar do avanço nesses dois lotes, os lotes 1 e 2 permanecem com entraves. O lote 2, entre Arroio dos Ratos e Butiá, teve o contrato rescindido e pode ser repassado à empresa Trier, que já atua nos lotes 3 e 4. Já o lote 1, entre Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos, segue paralisado sem previsão de retomada, mesmo após promessas de conclusão até 2026.
Com os atuais recursos garantidos pelo Novo PAC — R$ 70 milhões apenas em 2025 — o governo federal pretende avançar nas entregas, mas técnicos e especialistas estimam que a duplicação completa da rodovia só deve ser finalizada entre 2028 e 2029, a depender da solução dos contratos pendentes.
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