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APENAS 2% DOS 928 MIL HECTARES DE ARROZ SEMEADOS JÁ FORAM COLHIDOS NO RS

Atualmente, 16% da área cultivada de arroz no Rio Grande do Sul está em estágio vegetativo. A maior parte das lavouras encontra-se em fases reprodutivas, com 40% em floração e 30% em enchimento de grãos. Estima-se que 12% estejam em maturação fisiológica, enquanto apenas 2% foram colhidos até o momento. A colheita deve se intensificar a partir de março.

- Foto: divulgação 

As lavouras apresentam excelente potencial produtivo, beneficiadas pela alta disponibilidade de radiação solar, o que favorece o desenvolvimento da cultura e reduz a pressão de doenças fúngicas. Apesar de as altas temperaturas poderem impactar a produtividade e a qualidade dos grãos, os efeitos negativos são compensados pela resposta positiva das plantas à radiação solar.

Na Fronteira Oeste, a falta de chuvas preocupa os produtores devido à rápida diminuição no nível das barragens – cerca de 2 cm por dia – causada pela combinação de altas temperaturas e baixa umidade do ar. Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), foram implantados 927.885 hectares de arroz irrigado no estado. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 kg/ha. Na região de Bagé, em Uruguaiana, as primeiras lavouras colhidas, em sua maioria da cultivar Guri INTA CL, apresentaram produtividade superior a 10 mil kg/ha, com grãos de boa qualidade.

As lavouras da cultivar 424 RI, que possui ciclo mais longo, devem ser colhidas a partir da segunda quinzena de fevereiro, com boas expectativas devido ao alto potencial produtivo. Em São Borja e Alegrete, a colheita já alcançou 5% da área cultivada. A ausência de chuvas e o calor intenso aceleram a secagem dos grãos, permitindo um aumento das horas diárias de colheita.

Em São Gabriel, o plantio foi atrasado pelas chuvas excessivas em setembro e outubro. Atualmente, 15% dos 26 mil hectares estão em enchimento de grãos, enquanto 60% estão em floração, com aplicação de fungicidas já realizada. Nos 25% restantes, em fase vegetativa, foi feita a segunda aplicação de fertilizante nitrogenado, e a irrigação é monitorada para preservar os reservatórios. Algumas áreas apresentam infestações de ciperáceas.

Na região de Pelotas, 57% das lavouras estão na fase vegetativa, 28% em floração e 15% em enchimento de grãos. A expectativa de produtividade média varia entre 9 mil e 10 mil kg/ha. Não há relatos de problemas com irrigação. Já na região de Santa Maria, a falta de chuvas tem dificultado o manejo da irrigação por inundação, afetando o nível dos mananciais e açudes.

Em Santa Rosa, a situação dos reservatórios é crítica, e os produtores aguardam chuvas para decidir sobre o bombeamento de água dos córregos. Na região de Soledade, a irrigação está sendo racionalizada para garantir o suprimento hídrico ao longo do ciclo da cultura. Em alguns casos, a irrigação foi suspensa temporariamente, utilizando-se a água da chuva para complementar o sistema. Apesar da escassez hídrica, a sanidade e o estado nutricional das lavouras permanecem adequados.

Na comercialização, o preço médio da saca de 50 kg de arroz Tipo 1 (padrão 58×10) reduziu 0,22% em relação à semana anterior, passando de R$ 99,51 para R$ 99,29, conforme levantamento semanal da Emater/RS-Ascar.


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